Por onde começa uma dor de dentes?
Diz a sabedoria popular que a dor de dentes é uma das piores dores que podemos sentir. De facto, o estado de pulpite dentária, um estado de inflamação agudo da nossa polpa dentária, pode provocar dores muito difíceis de controlar, mesmo com medicação forte.
É por este motivo que, na Spasaúde, acreditamos que os nossos pacientes deverão seguir um plano periódico de controlo de saúde oral. O controle e tratamento de todos os potenciais focos de doença tem várias vantagens. Por um lado, conseguimos diminuir, ou mesmo eliminar, as situações de urgência dentária, que são normalmente acompanhadas de dores fortes e incapacitantes, e implicam por vezes a toma de medicação bastante forte para serem controladas. Por outro lado, numa situação como a que vivemos, em que a Clínica está reduzida a atendimento de urgências, devido ao Estado de Emergência Nacional que vivemos, conseguimos, aos nossos pacientes, rastrear bem quais os dentes em que a dor poderá estar a ocorrer, já que conhecemos o estado de saúde oral deles. Até hoje, quase um mês e meio depois de fecharmos portas, as urgências limitaram-se a menos de uma mão cheia, o que significa que, os nossos pacientes puderam manter-se seguros em casa (ou no trabalho se fosse o caso), sem dores. Os casos de dores que surgiram, foram controladas e tratadas conforme indicado.
Mas vamos ao nosso tema de hoje: a Dor Dentária!
A dor de dentes é uma dor bastante abrangente, com inúmeras origens e causas, como por exemplo, um problema com um dente, cáries, infeções, entre outras. Muitas vezes esta dor é de tal forma angustiante que tem a capacidade de produzir um vasto impacto na nossa qualidade de vida.
Os traumatismos dentários, os tratamentos restauradores repetidos, as fraturas dentárias, podem originar patologia pulpar, sendo a cárie dentária o principal responsável pelo quadro de dor. Quando a agressão fomentada pela cárie dentária atinge zonas mais profundas do dente, a polpa dentária fica inflamada. Com o processo inflamatório, aparecem, por norma, a sensibilidade ao frio e aos doces.
Ao sentir dor, deverá imediatamente contactar-nos. Muitas vezes o que pode ser um tratamento rápido, fácil e de baixo custo pode resultar num dano maior. Chegando a um ponto irreversível, a inflamação é acompanhada de dores intensas. Estas mesmas dores podem surgir por um estímulo frio, quente, ao mastigar ou pode surgir de forma espontânea. Com o agravamento da dor, e com a progressão do quadro inflamatório, poderemos não ter opção, a não ser realizar um «desvitalização» para que aquele dente permaneça em boca, evitando a extração.
Desvitalização é o termo popular para o que tecnicamente chamamos de endodontia. A endodontia dedica-se ao tratamento da polpa dentária doente e infectada. A polpa dentária é um autêntico “órgão vivo”: possui nervos e vasos sanguíneos próprios, e localiza-se na porção mais interior do dente. Em casos de dor extrema, e em que há evidência de necrose e falência da polpa, temos que aceder aos canais, limpá-los convenientemente e selá-los de forma a que não doam mais. Há muitos anos atrás, os dentes com problemas na polpa eram extraídos. Nos dias de hoje, devido aos grandes avanços científicos e tecnológicos, os tratamentos disponíveis podem, quase sempre, salvar estes dentes, mantendo-lhes a função mastigatória e a estética inalteradas, durante muitos anos.
Caso esteja com dor, contacte-nos. Não aguarde que a dor piore ou que não a possa aguentar. A nossa equipa tem profissionais experientes e dedicados, para gerir a dor.
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